Chá de Ayahuasca
Na língua indígena, da América do Sul, Quéchua, Aya quer dizer espírito, ancestral e Huasca significa chá, vinho. Assim, o Chá de Ayahuasca, Chá do Espírito, Liana da Morte ou Vinho da Alma é também conhecido por Santo Daime, Nixi Honi Xuma, Vinho de Deus, Yajé, Mariri, Hoasca, Vegetal e várias outras denominações.
Este chá, alucinógeno para alguns e enteógeno para outros, é composto de plantas nativas da floresta amazônica e é utilizado há muitos séculos por várias pessoas. Ele é preparado com cipó caapi(Baniteriospsis) da família Malpighiaceae e folhas de chacrona(Psichotria viridis) da família Rubiaceae, ambos macerados, como o açaí, em um processo cuidadoso de quase 24 horas.
Os primeiros relatos do Chá de Ayahuasca no ocidente foram atribuídos aos indígenas e aos missionários jesuítas que fizeram uso do Cipó dos Espíritos no culto da adivinhação e encantamento.
Esta bebida psicoativa expandiu pelo mundo todo com ênfase no Ocidente, apresentando incidência maior na América Latina, compreendendo o Norte do chile, Sul da Colômbia, Peru, Bolívia, Equador e Brasil.
Assim, na Amazônia, o Chá de Ayahuasca faz parte da medicina tradicional e da mesma forma é utilizado em cultos religiosos.
A neuroquímica e a farmacologia, classificam o Chá de Ayahuasca, como alterador da percepção e cognição, ou seja, ele atua nos receptores de serotonina, inserindo outrossim, a crença, a fé, a força do pensamento.
Alguns pesquisadores atribuem ao Chá de Ayahuasca, pronto restabelecimento dos órgãos doentes e portanto, curas diversas. Os males kármicos não são resolvidos, “o Daime é para todos, mas nem todos são para o Daime“.
Muitos estudiosos classificam a infusão como “Enteógeno“, ou seja, o Chá de Ayahuasca tem a proposta fundamental de promover o autoconhecimento através de experiências por meio de visões e expansão da consciência.