Escolhas
- “Será que meu namorado me trai?”
- “Ele é sincero quando diz que me ama?”
- “Posso confiar nas promessas dele?”
- “Quando meu namorado me deixa em casa mais cedo e fala que vai descansar, será que ele tem outro encontro?”
- “Meu noivo está sempre irritado comigo, será que ele quer terminar o noivado?”
- “Meu noivo quer mudar a data do casamento, será que ele está desistindo?”
- “Meu namorado diz que me ama, mas minha melhor amiga ficou sabendo que ele tem outra pessoa. Devo acreditar no que ele me fala ou em minha amiga querida?”
- “Está confirmado! Meu namorado é bi. O que devo fazer?”
- “Minha irmã viu meu namorado com outra mulher; ele me disse que dormiu bem cedo naquela noite. Devo desmascará-lo?”
- “Devo continuar com meu namorado? Ele marcou comigo e depois desmarcou.”
- “Meu namorado tem fama de “galinha”, será que devo acreditar no que ele fala?”
- “Meu marido me traiu desde o primeiro ano de casamento, devo colocar um ponto final em tudo isso?”
Em abril, recebi mais de 300 perguntas desse tipo; transcrevi apenas algumas.
Procuro responder às inúmeras cartas que recebo, como já disse na postagem anterior, mas nas últimas semanas a quantidade aumentou e havia em comum um assunto complexo:
A questão das nossas escolhas e suas consequências.
“Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é.” (Pedro Bial)
Às vezes nos relacionamos com pessoas “obscuras”, entretanto vale a experiência, a tentativa de um bom relacionamento, a partilha da amizade, os passeios em comum, o aprendizado diário…Tudo isso faz parte de nossa evolução e como tal devemos relaxar e avaliar qual importância que o outro exerce em nossa vida, e na serenidade, fazer a escolha, ficar como está ou procurar outros caminhos mais prazerosos.
Sempre penso que se alguém está ao nosso lado, se cumpre os compromissos, os horários pré-estabelecidos, se tem gentileza e carinho, se existe respeito… não há motivo para aflição, ou até mesmo, motivo para perder o sono. Se a situação está confortável, se o coração está sereno, não tem porque averiguar, passar o “pente fino”.
É comum recebermos comentários de terceiros, do tipo:
“Fiquei sabendo que esta pessoa tem isso ou aquilo de errado…”, sejam os informantes pessoas que nos querem bem ou não. Geralmente, o intuito é o mesmo… “melar” o relacionamento.
Por outro lado, não se pode viver bem e feliz com uma sombra em nossa mente e coração; saia um pouco de cena, reflita a respeito das últimas semanas de relacionamento, tente se lembrar da intensidade do seu amado, se ainda tem humor e tolerância, se a educação permanece no dia a dia, se os planos de uma vida em comum são comentados. Se a resposta for positiva, encare este elo com alegria. E, se for negativa, observe mais, espere alguns dias porque a situação se esclarecerá por si.
Faça seu salmo por vinte e um dias, no mínimo. Isole-se para a meditação e logo você vislumbrará um caminho a seguir.
E, em caso de “traição”, se doeu em você, se está incomodando, considere que…uma pessoa avança, busca outra, se não existir amor, pois quem ama de fato, não precisa de outro relacionamento, sente-se pleno.
Uma boa dica:
“Se não sou suficiente para alguém, este alguém também não o será para mim”.
Nossas escolhas refletem no presente que acarretará no futuro próximo ou seja, devemos fazer boas escolhas no presente para não lamentarmos no futuro. Assim, o amor entre duas pessoas não pode ser uma via de mão única e sim uma via dupla.
Algumas coisas já estão traçadas, predestinadas e nos cabe escolher os caminhos que se descortinam.
As escolhas nos conduzem a um determinado lugar, a única questão é se esta escolha tem um significado que leve ao coração.
Não tema tomar o caminho errado, faça sua escolha, e se for necessário, tome outro caminho!
“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”, Pablo Neruda
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