Resiliência
É a capacidade de se restabelecer ou se adaptar às mudanças
Algumas pessoas pediram para eu escrever sobre resiliência. Desta forma, resolvi transcrever este artigo. Minha escolha veio de um workshop de “Constelação Familiar“, quando enxerguei um exemplo maravilhoso de extrema resiliência.
O texto em questão chama-se:
“A mãe do Pai,” uma reflexão certeira para quem é mãe de menino:
“A mãe da mãe tem as portas abertas.
Liberdade, intimidade, jeitinho.
É coadjuvante da novidade, doadora silenciosa do amor.
Cúmplice de uma nova mãe que merece e precisa da sua presença.
Mas e a mãe do pai?
Quão difícil deve ser mãe do pai.
Achar a brecha, encontrar o lugar, se chegar.
A mãe do pai não tem quem ajudar nas posições das mamadas, não tem quem fazer compressas pré amamentação.
Para isso já existe a mãe da mãe.
É ela quem o coração de filha pede.
E assim, a mãe do pai fica ali, observando de perto mas de longe.
A mãe do pai não tem desculpas para visitas demasiadamente prolongadas.
Precisa ir na coragem, na boa cara de pau, na fé.
A mãe do pai não pode ligar 3 vezes ao dia para saber como está o toquinho de gente que fez seu coração explodir mais uma vez.
Ser mãe do pai é presenciar o filho se descobrir na paternidade, e ao mesmo tempo ter relances do garotinho que ontem segurava sua mão, e agora segura um bebê.
Ser mãe do pai é querer beijar, abraçar, palpitar na vida de um bebê que é tão seu, mas nem tanto.
É o amor incondicional que não pode chegar arrombando, precisa ser manso, bater na porta.
Ser mãe do pai é ter que aprender a respeitar a ordem do tempo e principalmente das coisas.
É o amor resiliente, humilde, paciente.
Tenho a impressão que ser mãe do pai é o mais paciente dos amores.
É a união do amor com a espera.
Espera pelo momento, pela sua hora.
É falar, já que às vezes o amor fala demais, e se arrepender.
A verdade, que não se pode negar, é que a mesma frase dita pela mãe da mãe, é recebida de forma diferente quando dita pela mãe do pai.
Ser mãe do pai é enxergar em outra mulher não somente a esposa do filho, mas a guardiã e mãe do novo ser que é tão importante na sua vida.
Ser mãe do pai é um papel tão complexo que assusta.
E me traz uma ponta de tristeza, pois um dia será a minha vez…”
À autora, Rafaela Carvalho, minha gratidão!!
Espero que reflitam sobre a questão e tenham carinho, amizade, compreensão e amor!! A mãe do pai também ama!
Muita luz sempre…
10 Comentários