Shantala
Frédérick Leboyer, médico e professor francês, o primeiro a revolucionar o método da vinda dos bebês ao mundo, em viagem a Pilkhana, na Índia, visitou uma Instituição de Caridade, localizada numa enorme favela de nome Kerela, quando lá se encantou com a desenvoltura de uma indiana paralítica, massageando seu filhinho.
Ao se apresentar, descobriu que a linda mulher se chamava Shantala. Pediu autorização para fotografar o passo a passo da massagem e em homenagem a beleza e profundidade do momento, chegando ao ocidente, batizou a técnica de Shantala.
É sabido que esta técnica é milenar, as mães indianas ensinam suas filhas que a praticam como um ritual, como nosso hábito de almoço e jantar, como a higiene íntima…
Leboyer estudou cada detalhe descrevendo a massagem Shantala que deve ser aplicada observando-se o seguinte:
. Frequência diária:
. Ambiente ligeiramente aquecido, tranquilo e acolhedor;
. Bebê sem roupa, deitado sobre as pernas esticadas da mãe, com a barriga para cima, confortável e sem dor;
. As mãos da mãe lavadas e aquecidas em água morna;
. Emprego de óleo, preferencialmente vegetal, para facilitar o deslizar das mãos, exceto se a pele estiver irritada;
. Uso de toques firmes e equilibrados, procurando sentir a musculatura do bebê, massageando seguindo a linha dos meridianos, de cima para baixo, de dentro para fora, do centro do peito para as axilas;
. Um tempo mínimo de uma hora após a mamada para não haver regurgitação;
. Sem interrupção, exceto em três situações: Se o bebê fizer xixi ou coco (com o relaxamento o intestino tende a ficar solto), quando é permitida uma paradinha de dez minutos para trocar a fralda (manter à mão o material necessário), e no caso do bebê adormecer, quando a massagem terá continuidade em outra ocasião;
. Criança com refluxo é sempre bom colocar uma almofada sobre as pernas para manter a cabecinha elevada.
O estado emocional da mãe é de suma importância para a tranquilidade do bebê. A Shantala promove o estreitamento entre mãe e filho, elimina cólicas, ajuda no sono, rompe bloqueios…
A diferença é visível nas crianças que passam por essa troca de amor.
“Sim, os bebês têm necessidade de leite, mas muito mais de serem amados e receberem carinho, serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados.” Leboyer
Fonte: Revista Terapia Holística e Guia do Bebe
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