Uróboro
Ouroboros, oroboro, uróboro, palavra que vem do grego, “oura” que significa “cauda” e “boros” que quer dizer “comer”. Já em hebraico, quer dizer, serpente. No contexto geral, ouroboros, significa:
“aquele que devora a própria cauda”.
Figura mitológica e também religiosa. Ouroboros abordado em vários textos da Índia, Grécia, Egito, Japão e ainda hoje encontrado na cultura asteca dos povos pré-colombianos.
Simboliza a espiral da evolução, a ideia de movimento contínuo, a eternidade. Às vezes, mostrado por dois animais míticos, um devorando o outro através da cauda.
Deu origem ao símbolo matemático de infinito. Também está presente nas obras alquímicas, gnósticas e herméticas, um indicador da energia cíclica da vida no universo, a totalidade dos opostos, consciente e inconsciente. Como Fênix (Phoenix), com seu eterno retorno por meio da reestruturação dos ciclos, nasce, morre, renasce.
Para Carl Jung, o uróboro é um arquétipo da psique humana. No Budismo, o uróboro salienta, aquele que romper o ciclo, atingirá o Nirvana, o olhar para si e no Espiritismo a alma se desligará do Karma.
Uróboro é o símbolo do deus romano Janus, também a expressão da serpente bíblica, do Jardim do Éden.
Na mitologia nórdica traz sua figura na serpente Normungandr, e também, sua revelação no símbolo chinês, Ying e Yang, característica dual de tudo na vida e a possibilidade de duas forças viverem de forma harmoniosa.
Nas religiões africanas o Oroboro representa o semideus, Aidophedo, que engolia a própria cauda. Na Índia, tem a simbologia de um dragão, envolvido numa tartaruga que carrega quatro elefantes que sustenta o mundo. Na yoga, o oroboro retrata a Kundalini, o Poder Divino.
É mostrado também na obra Chrysepoeia de Cleópatra, ” o um é tudo, tudo é um“.
Todas as representações significam o nascimento, a morte e a ressurreição, ou, a criação, a destruição e a renovação.
Texto inspirado no Wikipédia
Arte: Fernando Castro, meu mestre em pintura.